ANPPOM
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA

Educação Musical
Comunicação e Relato de Pesquisas


Perfil do Professor de Piano nas Instituições de Ensino Superior do Brasil (relato)

Diana Santiago e Lília Maria Gomes Falcão

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Introdução

Há um grande vazio na bibliografia brasileira sobre a prática pedagógica do ensino do piano. Desconhecemos a existência de qualquer trabalho publicado que compare a formação acadêmico-musical dos professores de piano nas instituições de ensino superior público e privado nas diversas regiões do Brasil. O conhecimento aprofundado do que foi realizado no passado e do que vem sendo realizado atualmente nas diversas regiões do país é de grande importância para a melhoria da qualidade na metodologia e nas práticas curriculares em utilização. Os objetivos deste trabalho foram: comparar as metodologias para o ensino do piano adotadas nas instituições de ensino superior nas diversas regiões do Brasil; comparar a formação musical e acadêmica dos professores de piano das instituições de ensino superior nas diversas regiões do Brasil; comparar o nível de atuação artística dos professores de piano das instituições de ensino superior nas diversas regiões do Brasil; elaborar um sociograma que demonstre as influências e interrelacionamentos havidos na formação musical dos diversos professores pesquisados e fornecer subsídios para outras pesquisas a nível regional e nacional na área específica do ensino do piano no Brasil. Buscou-se detectar pianistas, professores e alunos que mais se destacaram no período; relacionar as práticas metodológicas utilizadas para o ensino do piano; analisar a formação acadêmica e artística dos professores; detalhar as práticas metodológicas utilizadas por cada professor; identificar contribuições originais de cada professor para a área; identificar quais os critérios adotados pelos professores para a seleção e a avaliação do desempenho de seus alunos; identificar quais os tópicos considerados pelos professores como essenciais e/ou básicos para a formação do aluno de piano e do profissional em piano; identificar o grau de envolvimento de cada professor em atividades artísticas ao longo de sua carreira.

 

Método

Procedimentos: Pesquisa documental (arquivos) e observação direta extensiva (questionários).

Sujeitos que responderam a questionários: Vinte e dois (22) sujeitos responderam os questionários, de um total de duzentos e vinte (220) questionários enviados.

Metodologia: Através de busca nos arquivos da Secretaria e da Biblioteca da Escola de Música da UFBa. e em catálogos telefônicos de outros estados do país, foram listadas as escolas especializadas no ensino de música, públicas e particulares, que supostamente teriam cursos de piano a nível de graduação. Obteve-se um total de oitenta e quatro (84) Instituições. Posteriormente, a profª Drª Maria Francisca Fraissat Paez Junqueira, Presidente da ABEMUS, enviou-nos gentilmente uma listagem obtida por amostragem de Escolas de Música, listagem esta que complementou os dados iniciais. A todas aquelas cujo endereço obtivemos no período previsto em nosso cronograma para tal, foi enviada correspondência pedindo esclarecimentos quanto à existência do referido curso de piano a nível de graduação e dos nomes dos professores que neles ministravam a disciplina piano. Trinta dessas Instituições responderam à solicitação, enviando-nos listagens que perfizeram um total de duzentos e vinte (220) nomes. Enviamos uma segunda via a cada uma das Instituições que não nos responderam prontamente. Em seguida, procedemos ao envio dos questionários aos professores cujos nomes nos foram enviados. Vinte e dois deles responderam, e foram suas respostas que nos forneceram os dados para análise. Todas as regiões do país se fizeram representar, mas não obtivemos resposta de nenhum dos professores da região Norte.

 

Apresentação, Análise e Interpretação dos Dados

Formação pedagógica: Instrumentos estudados: No que diz respeito à formação instrumental, os professores estudaram os seguintes instrumentos além do piano: Violão, Violino, Flauta transversal, Flauta-doce, Cravo, Órgão, Acordeon, Oboé, Viola.

Idade de iniciação: A maioria dos professores, 63,63%, iniciou seus estudos de piano com idade entre 5 a 10; 22,72% com menos de 5 anos; 13,63% entre 11 e 14 e nenhum deles com mais de 15 anos. A maior parte dos professores (16 dentre eles) teve como primeiro professor de piano um brasileiro. Cinco destes brasileiros foram paulistas, quatro paraibanos, dois fluminenses e, respectivamente, um de cada um dos seguintes estados: Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná. Seis dentre os professores foram iniciados ao piano, respectivamente, dois por professores de nacionalidade alemã, dois por italianos, um por um originário da então União Soviética e um por um lituano.

Nº de professores: Todos os professores estudados tiveram mais que um professor de piano, o número variando de dois professores (um além do primeiro) até dez (nove além do primeiro). Os nomes mais citados foram: José Alberto Kaplan (4 vezes), Arnaldo Estrella (3 vezes), Heitor Alimonda (3 vezes), Homero Magalhães (3 vezes), Camargo Guarnieri (2 vezes), Belkiss S. Carneiro de Mendonça (2 vezes), Daisy de Lucca (2 vezes), Myriam Ciarlini (2 vezes) e, uma vez cada, os seguintes: Jacques Klein, Menininha Lobo, Jan Elcier, Helena Costa, Helena Léfèbrue, Nise Obino, Francisco Gerardo Juaçaba Parente, Ana Lúcia Altino(?)1, Alicia D'Amore, Klaus Schilder, Manoel Augusto dos Santos, E. Hazau, Raymond Lewenthal, Pierre Klose, Sílvia Mansuim, Karl Rugel, Maria Inez Müller, Dalva Campos, Glacy Antunes de Oliveira, Arlete de Giovanni, Elzira Amabile, Maria Michailovna Morosof, Ilara Gomes Grosso, Karl Ulrich Schnabell, Irmã Lúcia Berres, Zélia Furtado, Danuta Dworakowska, João Gadelha, Catarina Abreu, Dolores Portela Maciel, Dora Castro, José Henrique Martins, Nelson Freire, Paul Rutman, Dora de Castro, Leila, Nelma Pataro, Arnaldo Rebello, Cirene, Myriam Dalsberg, Norma Boyunga, Dirce Knijnik, Jahiel J. C. Lucena, Catarina Maia Abreu, Glenda Romero, Izabel Mourão, Victor Rosenbaum, Bela Nagy, Anthony de Boaventura, Gazzi de Sá, Luzia Simões, Roberto Tavares, Aloysio de Alencar Pinto, Irmã Anselma, Italo Izzo, Kita Ulhoa Cintra, Ercília Boggi, Karl Heim, Tagliaferro, Kostanoff, Sancan, Fontainha, Benda, Yara Bernette, Lúcia Branco, Renzo Silvestri, Alexandr Sobolev, Pavel Messner, Emil Gilles, Arminda Canteros, Ruwin Erlich, Nikita Magaloff, Wladislaw Kedra, Bruno Mezzena, A. Benedetti Michelangeli, P. Feuchtwanger, Maria Curcio, Laudelina Marreco de Pádua, Aurea Adnet, Isa Maria Castilho, Olga Normanha, Sebastian Benda, Guiomar Novaes, Maria Regina Seidlhoffer, Regina Canetti, Martha Schlemm, Henriqueta Duarte, Cristina Caparelli. Nestas citações incluíram aqueles com os quais fizeram cursos de curta duração.

Professores que mais "marcaram": Ao responderem à pergunta "Qual o (a) professor(a) que mais lhe marcou?", os professores citaram os seguintes nomes, com uma abstenção de resposta: Gilberto Tinetti, Henriqueta Duarte, Guiomar Novaes, Áurea Adnet, Heitor Alimonda, P. Feuchtwanger, Benedetti Michelangeli, Ruwin Erlich, Guilherme Fontainha, Ercília Boggi, Gazzi de Sá, Daisy de Lucca, Rosenbaum, José Alberto Kaplan, Homero Magalhães, Dirce Knijik, Isabel Burity, Dolores Maciel, Myriam Ciarlini, Irmã Maria Berward, Karl Ulrich Schnabel, Glacy Antunes de Oliveira, Lewenthal, Rugel, Menininha Lobo, Belkiss Spenzieri Carneiro de Mendonça, Arnaldo Estrella. Dentre esses, José Kaplan e Heitor Alimonda foram os que receberam um maior número de citações, três e duas, respectivamente.

Método como foram iniciados: Quanto ao método por meio do qual foram iniciados, apenas dois dentre os vinte e dois professores estudados não responderam à questão, e outros três não o souberam dizer, um afirmando "Não me lembro", outro "É difícil especificar" e outro "Não sei". Os outros vinte assinalaram os seguintes métodos:

Em vários métodos (Beyer- Pozzoli- etc. ) (1)
Leila Fletcher (1)
Tradicional (2)
Francisco Russo (5)
Schmoll (3)
Fontainha (1)
Intuitivo - "me deixou tocar de ouvido e isto foi ótimo, muito importante" (1)
Ensino de Instrumento juntamente com Canto Coral, Teoria Musical, Percepção e Solfejo (1)
Czerny (3)
Hanon (1)
Método Rose (método japonês) (1) (sic!)
Beyer (2)
Gurlitt - primeiras lições (1)
Le Couppey (1)
M. Stweart (1)
"Diversos, porém o primeiro método foi escrito por Schmoll" (1)

A iniciação ao piano dos professores de piano estudados não se restringiu ao instrumento. Outras noções foram incluídas, nas proporções que podem ser observadas abaixo:

Motivação para o estudo do instrumento: Quanto ao motivo que os levou a estudar piano, percebe-se o grande peso da "Opção pessoal":

 

Os "Outro motivo" citados pelos professores foram os seguintes:

"Escutava piano em casa, tocado por minha mãe."
"Porque tinha acesso ao instrumento e copiava tudo que ouvia minha mãe ensinando para outros alunos."
"Por ter tido esta oportunidade e ser aluna interna."
"Talvez forte influência da minha família que é de músicos."

Local dos estudos: Foram assinalados trinta e seis locais diversos, no Brasil e no exterior, nos quais os professores afirmaram ter estudado, como pode ser visto abaixo, com o número de citações correspondentes. Três respostas a essa questão foram "particular".

Academia de Música de Viena (1)
Colégio e Escola Normal N. Sra. Aparecida SP (1)
Cons. Brasileiro de Música (RJ) (1)
Cons. de Bolzano ( Itália) (1)
Cons. Estadual (RS) (1)
Cons. Musical de Campinas SP (1)
Cons. Musical Pio XII - Bauru SP (1)
Cons. Pernambucano (1)
Cons. Tchaikovsky (Moscou) (1)
Cons. Villa-Lobos de São Paulo (1)
Conservatório Musical Santa Cecília (1)
Escola de Música Anthenor Navarro (PB) (3)
Escola de Música da UFRJ (4)
Escola de Música e Belas Artes do Paraná (1)
Escola Magda Tagliaferro de SP (1)
Escola Nacional de Müsica (RJ) (1)
Escola Superior de Música de Hamburgo (1)
Escola Superior de Música de Hannover (1)
Escolinha de Arte Sá Pereira (1)
Faculdade de Artes (RS) (1)
Faculdade Paulista de Música (hoje FMU) SP (1)
Faculdade Santa Marcelina (1)
Instituto de Artes da UFGO (GO) (2)
Instituto Musical de São Paulo (1)
Londres (1)
"Particular pela escola de Magda Tagliaferro" (1)
Pró-Arte do Rio de Janeiro (1)
Programa do "Liceu Palestrina de Porto Alegre" (1)
Univ. Federal da Paraíba (Departamento de Música) (2)

Graduação e pós-graduação: O ano de graduação dos professores estudados variou de 1949 a 1988. 72,72 % dos professores estudados se graduaram em Instrumento - piano, 9,09 % graduaram-se em Licenciatura em Música, um dos sujeitos graduou-se em Licenciatura Plena em Educação Artística com Habilitação em Música, outro obteve o "Kozert Examen", 13,63 % não discriminaram o curso, mas onde o concluíram, e 9,09 % não responderam à questão. 45,45 % afirmaram ter realizado curso de especialização, conforme pode ser observado no quadro abaixo:

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO

LOCAL

DURAÇÃO

Piano

Varsóvia

2anos

Música de Câmara

Varsóvia

2 anos

 

Esc. Sup. Nacional de Música de Varsóvia

2 anos

Piano

UFRJ

2 anos

Iniciação Musical

UFRJ

1 ano

Pedagogia Musical

Escola de Arte Sá Pereira (RJ)

1 ano

Iniciação Musical

idem acima

1 ano

Esc. Magda Tagliaferro

SP

13 anos

 

Europa e USA

 

Piano

Roma

1 ano

Piano e Música de Câmara

Moscou

5 anos

M. Curcio

Londres

2 anos

M. Long

 

4 meses

Novas bases da técnica pianística

UFG

540 horas

Música - composição

UFG

360 horas

A pergunta de nº 22, " Realizou cursos de Mestrado e/ou Doutorado ?", foi respondida assim: 31,81%, "sim"; 45,45%; "não"; 4,54%, "mestrado a concluir em dezembro de 1994"; 4,54%,"doutorado incompleto"; com 18,18% de abstenções, possibilitando-nos chegar ao quadro seguinte, na questão de nº 23:

CURSO

LOCAL

DATA DE CONCLUSÃO

Mestrado em Educação

UFPB

1983

Piano

Varsóvia

1981

Mestrado

UFRJ- Escola de Comunicação

1984

Piano

UFRGS

1990

M.M. Piano + 1 ano de Music Theory

Boston - USA

1973 - 1975 "com honras"

D. M. A.

Boston - USA

1985

Doutorado (2 semestres)

Boston University

Não concluído (Bolsa CAPES Fullbright)

Mestrado em Artes

ECA/USP

1991

Mestrado em Música - Execução Instrumental

Porto Alegre

Abril de 1993

Mestrado em Letras e Linguística

UFG

a concluir em dez. 1994

Prática pedagógica: Motivação para o ensino: No que diz respeito à prática pedagógica, 59,09% afirmaram ter optado pelo ensino por vocação e 45,45% pela maior facilidade do campo de trabalho, sendo que 68,18 % dos professores afirmam apresentar-se em público, além de ensinar, contra apenas 31,81% que somente ensinam. 27,27 % dos professores não têm preferência entre ensino e apresentar-se em público. 40,90% preferem ensinar; 45,45% tocar, e 9,09% não responderam à questão. Dentre todos os professores, 36,36% ensinam com maior frequência do que tocam, e 27,27% deles não se apresentam nem uma vez por ano como recitalistas, sendo que a maior parte das apresentações é como camerista.

Seleção e avaliação de alunos:No que diz respeito a critérios para seleção de alunos, 50% dos professores afirmaram "sem seleção, dependendo apenas da minha carga horária", sendo que 40,90% dos professores levam em consideração a musicalidade do aluno no momento da escolha e apenas 13,63% se o aluno sabe ler por partitura.

63,63% dos professores afirmaram realizar avaliação contínua, sendo os seguintes critérios levados em conta: aprontar todo o programa do semestre (59,09%dos professores); observar dedilhado e manter boa posição de mão(54,54%); memorização (59,09%); interesse na audição de gravações (40,90%); leitura rápida das peças (no sentido de aprontar rápido) (40,90%); boa percepção (59,09%); freqüência a concertos (40,90%); freqüência a aulas (81,81%); outro(s) (45,45%):

"Participar de audições e apresentações freqüentes além de tocar também a quatro mãos e em grupos, acompanhando outros instrumentistas".
"Aproveitamento do que foi ensinado".
"Meus critérios de avaliação vão desde a freqüência às aulas até o cumprimento do programa, passando pelo interesse do aluno aos meus ensinamentos, sua aprendizagem e seu progresso".
"Interesse. Cada um nos seus limites".
"Disciplina no estudo, capacidade de compreensão dos problemas técnico-interpretativos e da aplicação da reflexão na solução dos mesmos".
"Cada obra (representativa da literatura musical) é avaliada em seus aspectos técnicos, musicais, estruturais e pedalização".
"Interesse e responsabilidade/ Musicalidade".
"Capacidade de estender a novos contextos, experiências técnicas e musicais já incorporadas em repertório anterior."
"O grande desenvolvimento de auto-avaliação (constante)".
"As avaliações são feitas por bancas com três professores e os critérios variam conforme o desenvolver do ano em curso."

Quanto ao formato das avaliações, caracteriza-se diversificadamente da seguinte maneira: somente peças e técnica do programa; incluindo leitura à primeira vista; incluindo exercícios rítmicos e solfejo; combinação de peças e técnica do programa com leitura à primeira vista; combinação de peças e técnica do programa com exercícios rítmicos e solfejo; combinação de peças e técnica do programa com leitura à primeira vista, exercícios rítmicos e solfejo; "a performance"; "conforme programa estabelecido"; "freqüência às aulas, interesse"; "obras de repertório pianístico"; "musicalidade, concentração - garra".

A faixa etária preferida para o ensino é a de alunos de 15 a 19 anos, por 59,09% dos professores.

Metodologia do ensino:No que diz respeito a aspectos metodológicos, 63,63% dos professores concordam que os primeiros passos para iniciar uma criança ao piano deve ser a iniciação musical prévia. Deixar improvisar bastante e ensinar pequenas peças fáceis também atingiram níveis elevados de preferência. Os livros iniciais são escolhidos sobretudo levando-se em conta a metodologia adotada (81,81%). A maioria dos professores (50%) parte do dó central para iniciar à leitura.

Bach é considerado por 63,63% dos professores como essencial para a formação do pianista, seguido por Beethoven e Mozart empatados com 31,81% de votos, e Chopin com 27,27%.

Quanto à formação acadêmica e profissional do pianista, os professores externaram a seguinte opinião:

Onde:
1 = grande tempo de estudo
2 = apoio da família
3 = cursos de especialização
4 = aulas de harmonia e contraponto
5 = aulas de história da música
6 = aulas de percepção
7 = viagens ao exterior
8 = mestrado e doutorado
9 = assistir a concertos e/ou ouvir gravações
10 = ensinar a muitos alunos
11 = apresentar-se em público
12 = outra opção

Destaques entre alunos, professores e compositores do instrumento: Foram citados como alunos mais destacados de cada professor (atualmente e em anos anteriores), os seguintes, excluídos 22,72% de abstenções:

Adriana Bernardi
Alexandre Bezerra Viana
Anderson C. Alcântara Correa
Carina Joly
Cíntia dos Santos
Cíntia Macedo
Cristina Camelo
Dafne Dino
Daniel Tarquínio
Eldia Carla Melo de Farias
Erika Vilela
Esther Chung
Eugênio Menegoz
Fábio Luz
G. Machado
G. Pegorin
Gabriella Xavier Maretto
Giselle Burnier
Giuliana Bese Serra
Hermano Leite Assis
Horácio Calda Gouveia
Jairo Jerônimo
Jarbas Cavendish Seixas
José Henrique MartinsCarmen Célia
Fregonesi

Kátia Carvalho
Lígia Macedo
Lúcia Helena Carneiro
Luciana F. Bueno
Luciana Soares
Luís Henrique Senise
Luís Paulo Sampaio
Marcus Wolff
Marileide Bezerra
Marília Kubota
Martina Graf
Raquel Toledo
Roberney Ferretti
Rosângela Yasbeck Sebba
Rui Homem de Mello
Scheilla Glaiser
Simone Gorete Machado
Simone Vieira
Siomara Leão
Stella Almeida
Vitor Monteiro Duarte
Wanda Figueiredo
Werner Robazzi

Dentre esses, os seguintes foram classificados em concursos de piano:

NOME DO ALUNO

ANO

TIPO DO CONCURSO

Renato Shelling

1988

Nacional - 3. lugar

Alexandre B. Viana

1987

Regional - 3. lugar

Carina Joly

89 - 93

Regional e Nacional

Roberney Ferretti

89 - 93

Regional e Nacional

Esther Chung (?)

1992

Nacional

Werner

1990

Nacional

Marcus Wolff

?

Nacional da Bahia

Eugênio Menegoz

1990

Regional - Santa Maria - RS

José Henrique Martins

-

Nacional

Carmen Célia Fregonesi

 

Nacional

Lígia Macedo

 

Local e Nacional

Fábio Luz

 

Local e Nacional

L. H. Senise

Vários

Nacionais

Scheilla Glaser

1984, 85

Nacionais e Locais

Jairo Jerônimo

85, 86, 87 e 92

Nacionais e Internacionais

Ruy Homem de Mello

86,87,88

Nacionais e Internacionais

Horácio Calda Gouveia

1991

Nacional e Internacional

José Henrique Martins

1987 - 1. lugar

Nacional - Recife e João Pessoa

Éldia Carla M. de Farias

1987/89 2. lugar e 3. lugar

Nacional - Recife e João Pessoa

Anderson A. Correa

1993/ 2. lugar

Local / João Pessoa

Hermano Assis

1967 / 1. lugar

Nacional - Rio (OSB)

Ana Elisa Mantovani

1990, 91, 92

Nacional

Lúcia Cervini

1990

Nacional

Cláudio Tegg

1992

Nacional

Marco Oliveira

1991

Nacional

Giuliana Bese Serra

1º lugar

Nacional

Kátia Carvalho

1º lugar

Nacional

Vitor Monteiro Duarte

1º lugar

Nacional

Erika Vilela

1º lugar

Nacional

Luciana Soares

1º lugar

Nacional

Simone Gorete Machado

1º lugar

Nacional

Lucia Helena Carneiro

 

Local

Rosângela Yasbeck Sebba

1º lugar

Nacional

Foram os seguintes os nomes citados pelos professores como o de professor(es) importante(s) de piano na época em que ainda eram estudantes, com o número de citações correspondentes:

Antônio Guedes Barbosa (1)
Arnaldo Estrella (10)
B. Seidlhofer (1)
Belkiss Carneiro de Mendonça (1)
Daisy de Luca (1)
Dulce de Saules (1)
Ercília Boggi (1)
Fritz Jank (1)
Gilberto Tinetti (4)
Glacy Antunes (1)
Guilherme Fontainha (1)
Hauser (1)
Heitor Alimonda (3)
Henriqueta Duarte (1)
Homero Magalhães (3)
Italo Izzo (1)
Jacques Klein (3)
Jorge de Lalewictz (1)
Kliass ( São Paulo) (3)
Louis Hildebrandt (1)
Lúcia Branco (2)
Luís Medalha (1)
Luiz de Moura Castro (1)
Luiz Henrique Senise (1)
Madalena Tagliaferro (3)
(Marilena Martinez) (sic!) (1)
Myriam Daulsberg (1)
Neli Braga (1)
Roberto Szidon (1)
Ruwin Erlich (1)
Sister Marion Verhaalen (1)
Souza Lima (1)
V. Scaramuzza (1)

Situação profissional: Os professores estudados, cujo ano de graduação variou entre 1994 a 1991, foram contratados para o local atual de trabalho entre os anos de 1964 e 1994, sendo que um deles assinalou duas contratações, uma em 1993 e a outra em 1994, e cinco não responderam à questão. A distribuição dessas contratações é a seguinte:

1964 1970 1973 1976 1979 1980 1986 1987 1989 1990 1991 1992 1993
1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 2 1 3

Quanto ao grau de atuação como instrumentista, a maioria apresenta-se em público, variando de uma a sessenta e quatro vezes por ano no momento em que responderam ao questionário. As categorias em que se apresentaram nos últimos anos foram a de camerista (86,36%), recitalista (59,09%) e solista de orquestra (59,09%), com uma abstenção de resposta.

Conclusões

Os dados obtidos permitiram-nos esboçar um perfil do professor de piano nas instituições de ensino superior do Brasil, apesar da percentagem de questionários devolvidos pelos professores (10%) estar bem abaixo da média de 50% considerada adequada por Babbie, apud Best & Kahn (1986, p. 178). Esta pesquisa demonstra a necessidade de maiores investidas na área dado à carência de estudos no gênero, conforme antecipado.

Bibliografia

- BEST, John W. & KAHN, James V. - Research in education. 5ª ed. Englewood-Cliffs (NJ-EUA), Prentice_Hall, 1986.
- MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria - Técnicas de Pesquisa, São Paulo, Atlas, 1986.
- RUIZ, João Álvaro - Metodologia Científica - guia para eficiência nos estudos, São Paulo, Atlas S/A, 1978.
- SALOMON, Délcio Vieira - Como fazer uma Monografia, São Paulo, Livraria Martins Fontes, 1991.


1 - Caligrafia ilegível. volta

 

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