Perfil do Professor de Piano nas Instituições de Ensino Superior do
Brasil (relato)
Diana Santiago e Lília Maria Gomes Falcão
Introdução
Há um grande vazio na
bibliografia brasileira sobre a prática pedagógica do ensino do piano. Desconhecemos a
existência de qualquer trabalho publicado que compare a formação acadêmico-musical dos
professores de piano nas instituições de ensino superior público e privado nas diversas
regiões do Brasil. O conhecimento aprofundado do que foi realizado no passado e do que
vem sendo realizado atualmente nas diversas regiões do país é de grande importância
para a melhoria da qualidade na metodologia e nas práticas curriculares em utilização.
Os objetivos deste trabalho foram: comparar as metodologias para o ensino do piano
adotadas nas instituições de ensino superior nas diversas regiões do Brasil; comparar a
formação musical e acadêmica dos professores de piano das instituições de ensino
superior nas diversas regiões do Brasil; comparar o nível de atuação artística dos
professores de piano das instituições de ensino superior nas diversas regiões do
Brasil; elaborar um sociograma que demonstre as influências e interrelacionamentos
havidos na formação musical dos diversos professores pesquisados e fornecer subsídios
para outras pesquisas a nível regional e nacional na área específica do ensino do piano
no Brasil. Buscou-se detectar pianistas, professores e alunos que mais se destacaram no
período; relacionar as práticas metodológicas utilizadas para o ensino do piano;
analisar a formação acadêmica e artística dos professores; detalhar as práticas
metodológicas utilizadas por cada professor; identificar contribuições originais de
cada professor para a área; identificar quais os critérios adotados pelos professores
para a seleção e a avaliação do desempenho de seus alunos; identificar quais os
tópicos considerados pelos professores como essenciais e/ou básicos para a formação do
aluno de piano e do profissional em piano; identificar o grau de envolvimento de cada
professor em atividades artísticas ao longo de sua carreira.
Método
Procedimentos: Pesquisa documental
(arquivos) e observação direta extensiva (questionários).
Sujeitos que responderam a
questionários: Vinte e dois (22) sujeitos responderam os questionários, de um total de
duzentos e vinte (220) questionários enviados.
Metodologia: Através de busca nos
arquivos da Secretaria e da Biblioteca da Escola de Música da UFBa. e em catálogos
telefônicos de outros estados do país, foram listadas as escolas especializadas no
ensino de música, públicas e particulares, que supostamente teriam cursos de piano a
nível de graduação. Obteve-se um total de oitenta e quatro (84) Instituições.
Posteriormente, a profª Drª Maria Francisca Fraissat Paez Junqueira, Presidente da
ABEMUS, enviou-nos gentilmente uma listagem obtida por amostragem de Escolas de Música,
listagem esta que complementou os dados iniciais. A todas aquelas cujo endereço obtivemos
no período previsto em nosso cronograma para tal, foi enviada correspondência pedindo
esclarecimentos quanto à existência do referido curso de piano a nível de graduação e
dos nomes dos professores que neles ministravam a disciplina piano. Trinta dessas
Instituições responderam à solicitação, enviando-nos listagens que perfizeram um
total de duzentos e vinte (220) nomes. Enviamos uma segunda via a cada uma das
Instituições que não nos responderam prontamente. Em seguida, procedemos ao envio dos
questionários aos professores cujos nomes nos foram enviados. Vinte e dois deles
responderam, e foram suas respostas que nos forneceram os dados para análise. Todas as
regiões do país se fizeram representar, mas não obtivemos resposta de nenhum dos
professores da região Norte.
Apresentação, Análise e Interpretação dos Dados
Formação pedagógica: Instrumentos
estudados: No que diz respeito à formação instrumental, os professores estudaram os
seguintes instrumentos além do piano: Violão, Violino, Flauta transversal, Flauta-doce,
Cravo, Órgão, Acordeon, Oboé, Viola.
Idade de iniciação: A maioria dos
professores, 63,63%, iniciou seus estudos de piano com idade entre 5 a 10; 22,72% com
menos de 5 anos; 13,63% entre 11 e 14 e nenhum deles com mais de 15 anos. A maior parte
dos professores (16 dentre eles) teve como primeiro professor de piano um brasileiro.
Cinco destes brasileiros foram paulistas, quatro paraibanos, dois fluminenses e,
respectivamente, um de cada um dos seguintes estados: Espírito Santo, Goiás, Minas
Gerais, Pernambuco e Paraná. Seis dentre os professores foram iniciados ao piano,
respectivamente, dois por professores de nacionalidade alemã, dois por italianos, um por
um originário da então União Soviética e um por um lituano.
Nº de professores: Todos os professores
estudados tiveram mais que um professor de piano, o número variando de dois professores
(um além do primeiro) até dez (nove além do primeiro). Os nomes mais citados foram:
José Alberto Kaplan (4 vezes), Arnaldo Estrella (3 vezes), Heitor Alimonda (3 vezes),
Homero Magalhães (3 vezes), Camargo Guarnieri (2 vezes), Belkiss S. Carneiro de Mendonça
(2 vezes), Daisy de Lucca (2 vezes), Myriam Ciarlini (2 vezes) e, uma vez cada, os
seguintes: Jacques Klein, Menininha Lobo, Jan Elcier, Helena Costa, Helena Léfèbrue,
Nise Obino, Francisco Gerardo Juaçaba Parente, Ana Lúcia Altino(?)1, Alicia D'Amore, Klaus Schilder, Manoel
Augusto dos Santos, E. Hazau, Raymond Lewenthal, Pierre Klose, Sílvia Mansuim, Karl
Rugel, Maria Inez Müller, Dalva Campos, Glacy Antunes de Oliveira, Arlete de Giovanni,
Elzira Amabile, Maria Michailovna Morosof, Ilara Gomes Grosso, Karl Ulrich Schnabell,
Irmã Lúcia Berres, Zélia Furtado, Danuta Dworakowska, João Gadelha, Catarina Abreu,
Dolores Portela Maciel, Dora Castro, José Henrique Martins, Nelson Freire, Paul Rutman,
Dora de Castro, Leila, Nelma Pataro, Arnaldo Rebello, Cirene, Myriam Dalsberg, Norma
Boyunga, Dirce Knijnik, Jahiel J. C. Lucena, Catarina Maia Abreu, Glenda Romero, Izabel
Mourão, Victor Rosenbaum, Bela Nagy, Anthony de Boaventura, Gazzi de Sá, Luzia Simões,
Roberto Tavares, Aloysio de Alencar Pinto, Irmã Anselma, Italo Izzo, Kita Ulhoa Cintra,
Ercília Boggi, Karl Heim, Tagliaferro, Kostanoff, Sancan, Fontainha, Benda, Yara
Bernette, Lúcia Branco, Renzo Silvestri, Alexandr Sobolev, Pavel Messner, Emil Gilles,
Arminda Canteros, Ruwin Erlich, Nikita Magaloff, Wladislaw Kedra, Bruno Mezzena, A.
Benedetti Michelangeli, P. Feuchtwanger, Maria Curcio, Laudelina Marreco de Pádua, Aurea
Adnet, Isa Maria Castilho, Olga Normanha, Sebastian Benda, Guiomar Novaes, Maria Regina
Seidlhoffer, Regina Canetti, Martha Schlemm, Henriqueta Duarte, Cristina Caparelli. Nestas
citações incluíram aqueles com os quais fizeram cursos de curta duração.
Professores que mais
"marcaram": Ao responderem à pergunta "Qual o (a) professor(a) que mais
lhe marcou?", os professores citaram os seguintes nomes, com uma abstenção de
resposta: Gilberto Tinetti, Henriqueta Duarte, Guiomar Novaes, Áurea Adnet, Heitor
Alimonda, P. Feuchtwanger, Benedetti Michelangeli, Ruwin Erlich, Guilherme Fontainha,
Ercília Boggi, Gazzi de Sá, Daisy de Lucca, Rosenbaum, José Alberto Kaplan, Homero
Magalhães, Dirce Knijik, Isabel Burity, Dolores Maciel, Myriam Ciarlini, Irmã Maria
Berward, Karl Ulrich Schnabel, Glacy Antunes de Oliveira, Lewenthal, Rugel, Menininha
Lobo, Belkiss Spenzieri Carneiro de Mendonça, Arnaldo Estrella. Dentre esses, José
Kaplan e Heitor Alimonda foram os que receberam um maior número de citações, três e
duas, respectivamente.
Método como foram iniciados: Quanto ao
método por meio do qual foram iniciados, apenas dois dentre os vinte e dois professores
estudados não responderam à questão, e outros três não o souberam dizer, um afirmando
"Não me lembro", outro "É difícil especificar" e outro "Não
sei". Os outros vinte assinalaram os seguintes métodos:
Em vários métodos (Beyer- Pozzoli-
etc. ) (1)
Leila Fletcher (1)
Tradicional (2)
Francisco Russo (5)
Schmoll (3)
Fontainha (1)
Intuitivo - "me deixou tocar de ouvido e isto foi ótimo, muito importante" (1)
Ensino de Instrumento juntamente com Canto Coral, Teoria Musical, Percepção e Solfejo
(1)
Czerny (3)
Hanon (1)
Método Rose (método japonês) (1) (sic!)
Beyer (2)
Gurlitt - primeiras lições (1)
Le Couppey (1)
M. Stweart (1)
"Diversos, porém o primeiro método foi escrito por Schmoll" (1)
A iniciação ao piano dos professores
de piano estudados não se restringiu ao instrumento. Outras noções foram incluídas,
nas proporções que podem ser observadas abaixo:

Motivação para o estudo do
instrumento: Quanto ao motivo que os levou a estudar piano, percebe-se o grande peso da
"Opção pessoal":

Os "Outro motivo" citados
pelos professores foram os seguintes:
"Escutava piano em casa, tocado por
minha mãe."
"Porque tinha acesso ao instrumento e copiava tudo que ouvia minha mãe ensinando
para outros alunos."
"Por ter tido esta oportunidade e ser aluna interna."
"Talvez forte influência da minha família que é de músicos."
Local dos estudos: Foram assinalados
trinta e seis locais diversos, no Brasil e no exterior, nos quais os professores afirmaram
ter estudado, como pode ser visto abaixo, com o número de citações correspondentes.
Três respostas a essa questão foram "particular".
Academia de Música de Viena (1)
Colégio e Escola Normal N. Sra. Aparecida SP (1)
Cons. Brasileiro de Música (RJ) (1)
Cons. de Bolzano ( Itália) (1)
Cons. Estadual (RS) (1)
Cons. Musical de Campinas SP (1)
Cons. Musical Pio XII - Bauru SP (1)
Cons. Pernambucano (1)
Cons. Tchaikovsky (Moscou) (1)
Cons. Villa-Lobos de São Paulo (1)
Conservatório Musical Santa Cecília (1)
Escola de Música Anthenor Navarro (PB) (3)
Escola de Música da UFRJ (4)
Escola de Música e Belas Artes do Paraná (1)
Escola Magda Tagliaferro de SP (1)
Escola Nacional de Müsica (RJ) (1)
Escola Superior de Música de Hamburgo (1)
Escola Superior de Música de Hannover (1)
Escolinha de Arte Sá Pereira (1)
Faculdade de Artes (RS) (1)
Faculdade Paulista de Música (hoje FMU) SP (1)
Faculdade Santa Marcelina (1)
Instituto de Artes da UFGO (GO) (2)
Instituto Musical de São Paulo (1)
Londres (1)
"Particular pela escola de Magda Tagliaferro" (1)
Pró-Arte do Rio de Janeiro (1)
Programa do "Liceu Palestrina de Porto Alegre" (1)
Univ. Federal da Paraíba (Departamento de Música) (2)
Graduação e pós-graduação: O ano de
graduação dos professores estudados variou de 1949 a 1988. 72,72 % dos professores
estudados se graduaram em Instrumento - piano, 9,09 % graduaram-se em Licenciatura em
Música, um dos sujeitos graduou-se em Licenciatura Plena em Educação Artística com
Habilitação em Música, outro obteve o "Kozert Examen", 13,63 % não
discriminaram o curso, mas onde o concluíram, e 9,09 % não responderam à questão.
45,45 % afirmaram ter realizado curso de especialização, conforme pode ser observado no
quadro abaixo:
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO |
LOCAL |
DURAÇÃO |
Piano |
Varsóvia |
2anos |
Música de Câmara |
Varsóvia |
2 anos |
|
Esc. Sup. Nacional de Música de Varsóvia |
2 anos |
Piano |
UFRJ |
2 anos |
Iniciação Musical |
UFRJ |
1 ano |
Pedagogia Musical |
Escola de Arte Sá Pereira (RJ) |
1 ano |
Iniciação Musical |
idem acima |
1 ano |
Esc. Magda Tagliaferro |
SP |
13 anos |
|
Europa e USA |
|
Piano |
Roma |
1 ano |
Piano e Música de Câmara |
Moscou |
5 anos |
M. Curcio |
Londres |
2 anos |
M. Long |
|
4 meses |
Novas bases da técnica pianística |
UFG |
540 horas |
Música - composição |
UFG |
360 horas |
A pergunta de nº 22, " Realizou cursos de
Mestrado e/ou Doutorado ?", foi respondida assim: 31,81%, "sim"; 45,45%;
"não"; 4,54%, "mestrado a concluir em dezembro de 1994";
4,54%,"doutorado incompleto"; com 18,18% de abstenções, possibilitando-nos
chegar ao quadro seguinte, na questão de nº 23:
CURSO |
LOCAL |
DATA DE CONCLUSÃO |
Mestrado em Educação |
UFPB |
1983 |
Piano |
Varsóvia |
1981 |
Mestrado |
UFRJ- Escola de Comunicação |
1984 |
Piano |
UFRGS |
1990 |
M.M. Piano + 1 ano de Music Theory |
Boston - USA |
1973 - 1975 "com honras" |
D. M. A. |
Boston - USA |
1985 |
Doutorado (2 semestres) |
Boston University |
Não concluído (Bolsa CAPES Fullbright) |
Mestrado em Artes |
ECA/USP |
1991 |
Mestrado em Música - Execução Instrumental |
Porto Alegre |
Abril de 1993 |
Mestrado em Letras e Linguística |
UFG |
a concluir em dez. 1994 |
Prática pedagógica: Motivação para o
ensino: No que diz respeito à prática pedagógica, 59,09% afirmaram ter optado pelo
ensino por vocação e 45,45% pela maior facilidade do campo de trabalho, sendo que 68,18
% dos professores afirmam apresentar-se em público, além de ensinar, contra apenas
31,81% que somente ensinam. 27,27 % dos professores não têm preferência entre ensino e
apresentar-se em público. 40,90% preferem ensinar; 45,45% tocar, e 9,09% não responderam
à questão. Dentre todos os professores, 36,36% ensinam com maior frequência do que
tocam, e 27,27% deles não se apresentam nem uma vez por ano como recitalistas, sendo que
a maior parte das apresentações é como camerista.
Seleção e avaliação de alunos:No que
diz respeito a critérios para seleção de alunos, 50% dos professores afirmaram
"sem seleção, dependendo apenas da minha carga horária", sendo que 40,90% dos
professores levam em consideração a musicalidade do aluno no momento da escolha e apenas
13,63% se o aluno sabe ler por partitura.
63,63% dos professores afirmaram
realizar avaliação contínua, sendo os seguintes critérios levados em conta: aprontar
todo o programa do semestre (59,09%dos professores); observar dedilhado e manter boa
posição de mão(54,54%); memorização (59,09%); interesse na audição de gravações
(40,90%); leitura rápida das peças (no sentido de aprontar rápido) (40,90%); boa
percepção (59,09%); freqüência a concertos (40,90%); freqüência a aulas (81,81%);
outro(s) (45,45%):
"Participar de audições e
apresentações freqüentes além de tocar também a quatro mãos e em grupos,
acompanhando outros instrumentistas".
"Aproveitamento do que foi ensinado".
"Meus critérios de avaliação vão desde a freqüência às aulas até o
cumprimento do programa, passando pelo interesse do aluno aos meus ensinamentos, sua
aprendizagem e seu progresso".
"Interesse. Cada um nos seus limites".
"Disciplina no estudo, capacidade de compreensão dos problemas
técnico-interpretativos e da aplicação da reflexão na solução dos mesmos".
"Cada obra (representativa da literatura musical) é avaliada em seus aspectos
técnicos, musicais, estruturais e pedalização".
"Interesse e responsabilidade/ Musicalidade".
"Capacidade de estender a novos contextos, experiências técnicas e musicais já
incorporadas em repertório anterior."
"O grande desenvolvimento de auto-avaliação (constante)".
"As avaliações são feitas por bancas com três professores e os critérios variam
conforme o desenvolver do ano em curso."
Quanto ao formato das avaliações,
caracteriza-se diversificadamente da seguinte maneira: somente peças e técnica do
programa; incluindo leitura à primeira vista; incluindo exercícios rítmicos e solfejo;
combinação de peças e técnica do programa com leitura à primeira vista; combinação
de peças e técnica do programa com exercícios rítmicos e solfejo; combinação de
peças e técnica do programa com leitura à primeira vista, exercícios rítmicos e
solfejo; "a performance"; "conforme programa estabelecido";
"freqüência às aulas, interesse"; "obras de repertório
pianístico"; "musicalidade, concentração - garra".
A faixa etária preferida para o ensino
é a de alunos de 15 a 19 anos, por 59,09% dos professores.
Metodologia do ensino:No que diz
respeito a aspectos metodológicos, 63,63% dos professores concordam que os primeiros
passos para iniciar uma criança ao piano deve ser a iniciação musical prévia. Deixar
improvisar bastante e ensinar pequenas peças fáceis também atingiram níveis elevados
de preferência. Os livros iniciais são escolhidos sobretudo levando-se em conta a
metodologia adotada (81,81%). A maioria dos professores (50%) parte do dó central para
iniciar à leitura.
Bach é considerado por 63,63% dos
professores como essencial para a formação do pianista, seguido por Beethoven e Mozart
empatados com 31,81% de votos, e Chopin com 27,27%.
Quanto à formação acadêmica e
profissional do pianista, os professores externaram a seguinte opinião:

Onde:
1 = grande tempo de estudo
2 = apoio da família
3 = cursos de especialização
4 = aulas de harmonia e contraponto
5 = aulas de história da música
6 = aulas de percepção
7 = viagens ao exterior
8 = mestrado e doutorado
9 = assistir a concertos e/ou ouvir gravações
10 = ensinar a muitos alunos
11 = apresentar-se em público
12 = outra opção
Destaques entre alunos, professores e compositores
do instrumento: Foram citados como alunos mais destacados de cada professor (atualmente e
em anos anteriores), os seguintes, excluídos 22,72% de abstenções:
Adriana Bernardi
Alexandre Bezerra Viana
Anderson C. Alcântara Correa
Carina Joly
Cíntia dos Santos
Cíntia Macedo
Cristina Camelo
Dafne Dino
Daniel Tarquínio
Eldia Carla Melo de Farias
Erika Vilela
Esther Chung
Eugênio Menegoz
Fábio Luz
G. Machado
G. Pegorin
Gabriella Xavier Maretto
Giselle Burnier
Giuliana Bese Serra
Hermano Leite Assis
Horácio Calda Gouveia
Jairo Jerônimo
Jarbas Cavendish Seixas
José Henrique MartinsCarmen Célia
Fregonesi
|
Kátia Carvalho
Lígia Macedo
Lúcia Helena Carneiro
Luciana F. Bueno
Luciana Soares
Luís Henrique Senise
Luís Paulo Sampaio
Marcus Wolff
Marileide Bezerra
Marília Kubota
Martina Graf
Raquel Toledo
Roberney Ferretti
Rosângela Yasbeck Sebba
Rui Homem de Mello
Scheilla Glaiser
Simone Gorete Machado
Simone Vieira
Siomara Leão
Stella Almeida
Vitor Monteiro Duarte
Wanda Figueiredo
Werner Robazzi |
Dentre esses, os seguintes foram classificados em concursos de
piano:
NOME DO ALUNO |
ANO |
TIPO DO CONCURSO |
Renato Shelling |
1988 |
Nacional - 3. lugar |
Alexandre B. Viana |
1987 |
Regional - 3. lugar |
Carina Joly |
89 - 93 |
Regional e Nacional |
Roberney Ferretti |
89 - 93 |
Regional e Nacional |
Esther Chung (?) |
1992 |
Nacional |
Werner |
1990 |
Nacional |
Marcus Wolff |
? |
Nacional da Bahia |
Eugênio Menegoz |
1990 |
Regional - Santa Maria - RS |
José Henrique Martins |
- |
Nacional |
Carmen Célia Fregonesi |
|
Nacional |
Lígia Macedo |
|
Local e Nacional |
Fábio Luz |
|
Local e Nacional |
L. H. Senise |
Vários |
Nacionais |
Scheilla Glaser |
1984, 85 |
Nacionais e Locais |
Jairo Jerônimo |
85, 86, 87 e 92 |
Nacionais e Internacionais |
Ruy Homem de Mello |
86,87,88 |
Nacionais e Internacionais |
Horácio Calda Gouveia |
1991 |
Nacional e Internacional |
José Henrique Martins |
1987 - 1. lugar |
Nacional - Recife e João Pessoa |
Éldia Carla M. de Farias |
1987/89 2. lugar e 3. lugar |
Nacional - Recife e João Pessoa |
Anderson A. Correa |
1993/ 2. lugar |
Local / João Pessoa |
Hermano Assis |
1967 / 1. lugar |
Nacional - Rio (OSB) |
Ana Elisa Mantovani |
1990, 91, 92 |
Nacional |
Lúcia Cervini |
1990 |
Nacional |
Cláudio Tegg |
1992 |
Nacional |
Marco Oliveira |
1991 |
Nacional |
Giuliana Bese Serra |
1º lugar |
Nacional |
Kátia Carvalho |
1º lugar |
Nacional |
Vitor Monteiro Duarte |
1º lugar |
Nacional |
Erika Vilela |
1º lugar |
Nacional |
Luciana Soares |
1º lugar |
Nacional |
Simone Gorete Machado |
1º lugar |
Nacional |
Lucia Helena Carneiro |
|
Local |
Rosângela Yasbeck Sebba |
1º lugar |
Nacional |
Foram os seguintes os nomes citados pelos
professores como o de professor(es) importante(s) de piano na época em que ainda eram
estudantes, com o número de citações correspondentes:
Antônio Guedes Barbosa (1)
Arnaldo Estrella (10)
B. Seidlhofer (1)
Belkiss Carneiro de Mendonça (1)
Daisy de Luca (1)
Dulce de Saules (1)
Ercília Boggi (1)
Fritz Jank (1)
Gilberto Tinetti (4)
Glacy Antunes (1)
Guilherme Fontainha (1)
Hauser (1)
Heitor Alimonda (3)
Henriqueta Duarte (1)
Homero Magalhães (3)
Italo Izzo (1)
Jacques Klein (3)
Jorge de Lalewictz (1)
Kliass ( São Paulo) (3)
Louis Hildebrandt (1)
Lúcia Branco (2)
Luís Medalha (1)
Luiz de Moura Castro (1)
Luiz Henrique Senise (1)
Madalena Tagliaferro (3)
(Marilena Martinez) (sic!) (1)
Myriam Daulsberg (1)
Neli Braga (1)
Roberto Szidon (1)
Ruwin Erlich (1)
Sister Marion Verhaalen (1)
Souza Lima (1)
V. Scaramuzza (1)
Situação profissional: Os professores
estudados, cujo ano de graduação variou entre 1994 a 1991, foram contratados para o
local atual de trabalho entre os anos de 1964 e 1994, sendo que um deles assinalou duas
contratações, uma em 1993 e a outra em 1994, e cinco não responderam à questão. A
distribuição dessas contratações é a seguinte:
1964 |
1970 |
1973 |
1976 |
1979 |
1980 |
1986 |
1987 |
1989 |
1990 |
1991 |
1992 |
1993 |
1 |
1 |
1 |
1 |
1 |
2 |
1 |
1 |
1 |
1 |
2 |
1 |
3 |
Quanto ao grau de atuação como
instrumentista, a maioria apresenta-se em público, variando de uma a sessenta e quatro
vezes por ano no momento em que responderam ao questionário. As categorias em que se
apresentaram nos últimos anos foram a de camerista (86,36%), recitalista (59,09%) e
solista de orquestra (59,09%), com uma abstenção de resposta.
Conclusões
Os dados obtidos permitiram-nos esboçar
um perfil do professor de piano nas instituições de ensino superior do Brasil, apesar da
percentagem de questionários devolvidos pelos professores (10%) estar bem abaixo da
média de 50% considerada adequada por Babbie, apud Best & Kahn (1986, p. 178). Esta
pesquisa demonstra a necessidade de maiores investidas na área dado à carência de
estudos no gênero, conforme antecipado.
Bibliografia
- BEST, John W. & KAHN, James V.
- Research in education. 5ª ed. Englewood-Cliffs (NJ-EUA), Prentice_Hall, 1986.
- MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria - Técnicas de Pesquisa, São Paulo,
Atlas, 1986.
- RUIZ, João Álvaro - Metodologia Científica - guia para eficiência nos estudos, São
Paulo, Atlas S/A, 1978.
- SALOMON, Délcio Vieira - Como fazer uma Monografia, São Paulo, Livraria Martins
Fontes, 1991.
1 - Caligrafia ilegível. volta
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