ANPPOM
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA

Composição:
Painel e Relato de Pesquisas


Contrabaixo para Compositores: Uma Análise de "Pérolas" e "Pepinos"1 Selecionados da Literatura Sinfônica, de Câmara e Solística (relato)

Fausto Borém2

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Introdução:

A divisão secular entre o "pensar" a música e o "fazer" a música começou a ser questionada mais seriamente no ambiente acadêmico a partir da proposta de criação do doutorado em performance - o Doctor of Musical Arts - pelo musicólogo americano Howard Henson em 19583. Esta mudança tem possibilitado a emergência de uma interação significativa entre intérpretes e músicos das demais áreas (musicólogos, compositores, educadores musicais, musicoterapeutas etc.) a nível da produção e socialização do conhecimento musical, o que nos remete diretamente à questão teoria-versus-prática no interior da universidade.

A produção de conhecimento musical na interface da performance com a composição da assim chamada "música ocidental" e, mais especificamente, da música brasileira de concerto é bastante recente no Brasil. Um raro exemplo é o projeto de pesquisa, atualmente em andamento, que integra compositores do Departamento de Teoria Geral da Música e perfórmeres4 do Departamento de Instrumentos e Canto da Escola de Música da UFMG, e que tem como objetivo a produção de composições musicais explorando linguagens instrumentais específicas.5

Entretanto, o conhecimento anterior de linguagens instrumentais específicas pelo compositor é uma ferramenta valiosa no processo de escolha do material sonoro e de definição formal que precede ou é simultaneo ao ato da criação musical. Assim, o projeto Contrabaixo para Compositores visa antecipar e potencializar a interação entre perfórmeres musicais -instrumentistas, cantores e maestros - e compositores, ao mesmo tempo em que subsidia uma maior autonomia dos compositores. Esse projeto visa também desenvolver interfaces entre a performance e a musicologia histórica - ao contextualizar historicamente o progresso instrumental do contrabaixo - e entre a performance e a análise musical - ao examinar processo de autonomia do contrabaixo face ao desenvolvimento da harmonia, formas musicais e instrumentação. A nível local, esse projeto visa contribuir na consolidação da linha de pesquisa Performance e Composição, que ora envolve o Departamento de Instrumentos e Canto e o Departamento de Teoria Geral da Música da Escola de Música da UFMG.

A pesquisa na área de performance em contrabaixo no Brasil é muito recente e ainda não gerou resultados significativos. 6Assim, essa pesquisa vem de encontro à necessidade de produção de material didático-pedagógico para ser utilizado em programas de graduação e pós-graduação nas áreas de composição e performance, e em programas de extensão, como por exemplo, nos festivais de música e programas desenvolvidos em conservatórios estaduais e escolas livres de música.

A criação de uma obra de referência sobre composição para o contrabaixo solístico, de câmara e sinfônico, contribuirá na formação do futuro profissional de composição, gerando um aumento quantitativo e qualitativo do repertório desse instrumento. Eventualmente, esse estudo possibilitará uma reflexão sobre o papel político e social da universidade pública no processo de resgate, produção e socialização do conhecimento musical.

Perspectiva Histórica:

A história inicial do contrabaixo, o instrumento de registro mais grave da família do violino, ainda é confundida com a história do violone, o mais grave dos instrumentos da família da viola da gamba. A terminologia ambígua utilizada para designar os instrumentos graves na orquestra barroca, e as similaridades e influência mútua entre o contrabaixo e o violone perpetuam essa desinformação até os dias de hoje. Entretanto, Irving Cohen discute as diferenças fundamentais entre os dois instrumentos na sua tese de doutorado The Historical development of The double bass,7 e justifica a teoria de que a maior parte da literatura sobre instrumentos de cordas até o final do século XVIII não se refere especificamente ao contrabaixo, mas sim, ao violone.8

O tratado Syntagma musicum (1619) de Michael Praetorius (1571-1621) contém o volume De Organographia, o primeiro catálogo pictórico na história da música que ilustra com precisão a forma e o tamanho dos instrumentos musicais.3 Os instrumentos de cordas graves apresentados no De Organographia, e que foram confundidos com o contrabaixo por musicólogos como Raymond Elgar10e Arnold Dolmetsch,11 são, na realidade, violones possuindo cinco ou seis cordas, e trastes.

A preferência absoluta dos compositores da Escola Vienense Clássica pelo violone em obras solísticas,12 e as referências feitas nos primeiros grandes tratados musicais que tratam dos instrumentos como o Versuch einer anweisung die flöte traversiere zu spielen13 de Johann J. Quantz (1697-1773) e Gründliche violinschule14 de Leopold Mozart (1719-1787), reforçam a idéia de que o contrabaixo foi negligenciado por compositores e teóricos da música até o final do classicismo, cujas causas serão vistas a seguir. O Grand traité d'instrumentation e d'orchestration moderne15 de Hector Berlioz, publicado em 1844 e revisado em 1905 por Richard Strauss,16 foi o primeiro o primeiro grande tratado musical a discutir em detalhe a utilização dos recursos instrumentais do contrabaixo.

Diferentemente dos outros instrumentos da família das cordas orquestrais, o contrabaixo teve um desenvolvimento histórico irregular, e defasado cronologicamente, em relação aos outros membros dessa família. A principal causa do reconhecimento tardio das possibilidades do contrabaixo foi, ao contrário do que aconteceu com os outros instrumentos da família do violino, a ausência de uma padronização das técnicas de construção e performance do instrumento por cerca de três séculos, resultando numa enorme variação de tamanho, forma, tipo de arco, número de cordas, e afinação. Enquanto que o violino, a viola, e o violoncelo predominaram sobre seus correspondentes na família da viola da gamba e violas da braccio desde o início do Barroco, o contrabaixo só prevaleceu sobre o violone no final do Classicismo. Consequentemente, a maioria do repertório barroco e clássico foi escrito para o violone, e teve que ser adaptado, ou transcrito, para ser tocado no contrabaixo moderno. Alguns exemplos significativos são a ária Per questa bela mano de W. A. Mozart (1756-1791) para voz baixo, violone e orquestra e os solos de violone nos trios dos minuetos da trilogia de sinfonias Le Matin, Le Midi e Le Soir (?1761) de J. Haydn (1732-1809).

Foi somente com o surgimento das primeiras grandes escolas de contrabaixo no início do século XIX,17 e consequentemente, o estabelecimento de sistemas de dedilhado e padronização dos tipos de afinação do instrumento, é que uma linguagem própria do contrabaixo começou a ser sistematizada e difundida. Este fato também contribuiu para o desenvolvimento tardio da literatura do contrabaixo em relação à literatura do violino, que já estava em franca expansão desde o início do século XVII.

O progresso de técnicas composicionais do contrabaixo orquestral e de câmara no repertório romântico foi, de maneira geral, também limitado. A produção ocasional de obras significativas que privilegiaram o contrabaixo ora resultaram da disponibilidade instrumental do momento, como no caso das seis Sonatas para dois violinos, violoncelo e contrabaixo (c.1804) de G. Rossini (1792-1868), ora como resultado da esporádica interação entre compositores e contrabaixistas virtuosos, a exemplo da relação de Domenico Dragonetti (1763-1846) com a Sinfonia No.5 (1808) e No.9 (1824) de L. van Beethoven (1770-1827) e de Giovanni Bottesini (1821-1889) com a música operística de G. Verdi (1813-1901). Ao mesmo tempo em que gerou "pérolas", como o dramático trio do scherzo da Sinfonia No.5 e o recitativo instrumental da Sinfonia No.9 de Beethoven, essa aproximaçao entre compositor e intérprete não era ainda suficiente para evitar "pepinos", como várias passagens, ainda na Sinfonia No.9, de execução extremamente difícil ou impossível.

Não houve um tratamento diferenciado entre o contrabaixo de câmara e o contrabaixo sinfônico no século XIX. O Septeto (1800) de Beethoven, o quinteto A Truta (1819) e o Octeto (1824) de F. Schubert (1797-1928), e o Quinteto para cordas (1893) de A. Dvorak (1841-1904) são algumas das obras mais significativas deste período que ilustram a tendência dos compositores de repetir os mesmos mecanismos composicionais tanto para o naipe de contrabaixos quanto para o contrabaixo camerístico.

A literatura do contrabaixo solista desenvolveu-se muito aquém do esperado entre os compositores mais representativos do século XIX, época do virtuosismo instrumental por exelência. As técnicas de performance do contrabaixo experimentaram avanços notáveis, mas ainda assim, permaneceram desconhecidas ou ignoradas pelos grandes compositores. Por isto, a música para contrabaixo desse período praticamente se restringe a um repertório composto por compositores menores, a maioria deles contrabaixistas, como por exemplo, Giovanni Bottesini (1821-1889), que escreveu a literatura mais vasta para o instrumento.

Um marco importante na literatura sinfônica romântica foi a separação do par violoncelo/contrabaixo (ou violone) surgido no período barroco. Compreendida por muitos musicólogos como a independência instrumental do contrabaixo na partitura orquestral, esta mudança aconteceu, na realidade, por dois motivos básicos. Primeiro, para permitir ao compositor uma quinta voz na textura polifônica das cordas, como, por exemplo, na fuga do último movimento da Sinfonia No.41 (1788) de Mozart, ou no fugato do Scherzo da Sinfonia No.9 de Beethoven. Segundo, para liberar o violoncelo do contrabaixo afim de que o primeiro cumprisse seu papel de solista no repertório sinfônico, como, por exemplo, no segundo movimento - Cena à beira do riacho - da Sinfonia No.6 (1808) de Beethoven. Assim, a escrita para contrabaixo permaneceu limitada na maioria do repertório sinfônico do século XIX à uma técnica de orquestração conhecida desde o início do período romântico ou, então, regrediu em relação às suas potencialidades já conhecidas. Hector Berlioz (1803-1869)foi um dos únicos compositores românticos a favorecer uma franca independência do contrabaixo orquestral, utilizando suas potencialidades próprias sem impor, a priori, uma subordinação do mesmo ao naipe de violoncelos. Vários exemplos dessa escrita diferenciada são encontrados na sua Sinfonia fantástica (1830).18

O tratamento do contrabaixo enquanto solista momentâneo na orquestra, cujos antecedentes remontam aos solos de violone nas sinfonias Le Matin, Le Midi e Le Soir de Haydn, volta a aparecer na orquestração do alto Romantismo, a exemplo dos solos na Sinfonia No.1 (1888) de G. Mahler (1860-1911) e na música para filme Lieutenant Kijé (1933) de S. Prokofiev (1891-1953).

O desenvolvimento pleno de uma escrita contrabaixística somente tomou impulso com a valorização de registros orquestrais extremos e a busca de novos contrastes timbrísticos no início do século XX. O elemento improvisação na criação musical veio, a partir da segunda metade do século XX, contribuir na descoberta de novos recursos expressivos do contrabaixo. O desenvolvimento das escolas de contrabaixo, das técnicas de performance, e do nível técnico dos contrabaixistas nas últimas décadas tem contribuido para o surgimento de gerações de compositores mais conscientes dos potenciais solístico, de câmara, e sinfônico do instrumento.

Compositores liderando importantes tendências na história da música passaram a incluir o contrabaixo na música de câmara, como por exemplo Igor Stravinsky (1882-1971) em A História do soldado (1918) e Ragtime (1920), Edgar Varèse (1883-1965) em Octandre (1923), e na música escrita para instrumento solista, como por exemplo Paul Hindemith (1895-1963) na Sonata para contrabaixo e piano (1950). Mas foi somente na segunda metade do século XX que o repertório para contrabaixo entrou num período de franca expansão, principalmente a partir do trabalho conjunto entre compositores e intérpretes.19

Vistas com reservas pelos puristas, as transcições sempre contribuiram para o desenvolvimento de técnicas instrumentais na história da música. Alguns exemplos são a Suite N° 5 (c.1720) para violoncelo ou alaúde de J. S. Bach (1685-1750), a escrita sinfônica para piano nas transcrições de sinfonias e óperas por F. Liszt (1811-1886), a transcrição de trios sonatas de Giovanni Pergolesi (1710-1736) por Stravinsky no ballet Pulcinella (1920) e o Concerto para violoncelo (1933) de A. Schoenberg (1874-1951) a partir do original para cravo de Matthias Monn (1717-1750).

A utilização de harmônicos naturais e artificiais tem também caracterizado a escrita para o contrabaixo, a exemplo do início da ópera L’Enfant et les sortilèges de M. Ravel (1875-1937) e do Choro No.10, Rasga o coração (1926) de H. Villa-Lobos (1887-1959). Entretanto, a herança de diferentes notações para harmônicos, do Classicismo à atualidade, e o desconhecimento do emprego correto dos mesmos, tem se acumulado na literatura do contrabaixo, gerando problemas na sua leitura e realização. Uma avaliação das vantagens e desvantagens de cada tipo de notação será o ponto de partida para a adoção de uma notação coerente e eficiente.

A cooperação entre compositores e contrabaixistas no século XX tem acelerado o amadurecimento das técnicas do contrabaixo e o desenvolvimento do repertório solista original por compositores significativos, o que ocorre pela primeira vez na história da música. Alguns exemplos dessas associações são Reinhold Gliére (1875-1956) e Sergey Koussevitsky (1874-1951) nas peças Präeludium, Scherzo, Intermezzo e Tarantella, Vincent Persichetti (1915-1987) e Bertram Turetzky na Parable XVII for solo double bass, Hans Werner Henze (1926-) e Gary Karr no Concerto for double bass, Gunther Schuller (1925-) e Gary Karr no Concerto for double bass, Sir Peter Maxwell Davies (1934-) e Duncan McTier no Strathtclyde concerto, Nino Rota e Franco Petrachi no Divertimento concertante etc.

Também no Brasil, o repertório contrabaixístico apresentando técnicas composicionais modernas resultou de parcerias como a de Ernst Widmer (1927-1990) com Pino Onnis no Concerto para contrabaixo, Ernst Mahle (1929-) com Antônio Arzolla, Sandrino Santoro, Fausto Borém e Sandor Molnar no Quarteto para contrabaixos, Ernst Mahle com Antônio Arzolla no Concerto para contrabaixo, Mário Ficarelli (1937-) com Sandor Molnar nos Dois estudos para dois contrabaixos, Henrique David Korenchendler (1948-) com Sandrino Santoro no Prelúdio, recitativo e dança, Santino Parpinelli (1912-1990) com Sandrino Santoro em Jongo, Dança nordestina, Modinha, Seresta, e Temas nordestinos, Bruno Kiefer (1923-1987) com Milton Masciadri em Confluências, Eduardo Bértola (1939-) com Fausto Borém em Lucípherez, Hermínio de Almeida (1960-) com o Trio Novarte em Tributo a Tom Jobim, Raul do Valle (1936-) com Paulo Pugliesi em Interação etc.

Se a interação entre compositores e contrabaixistas na produção musical aumentou sensivelmente, o mesmo não ocorreu em relação à produção de conhecimentos teóricos sobre o contrabaixo e a técnica de orquestração desse instrumento. A ausência de fontes de referência abordando técnicas modernas de composição para o contrabaixo resulta num hiato que impede a aproximação entre a teoria e a prática; de um lado a linguagem idiomática que pode ser apreciada em performances, e do outro, as técnicas prescritas em tratados de orquestração desatualizados, que continuam sendo consultados. É importante observar que os tratados de Charles Koechlin (1867-1950) e Alfredo Casella (1883-1947), duas obras de referência bastante usadas atualmente no ensino da composição e orquestração no Brasil, são anteriores a esta fase crucial do desenvolvimento do contrabaixo e não incorporaram, portanto, as técnicas contemporâneas do instrumento.

Não existem ainda obras de referência que analisem a escrita idiomática do repertório para contrabaixo num contexto mais amplo. O pioneiro The Contemporary contrabass é basicamente restrito ao repertório solo contemporâneo americano, dando ênfase às técnicas instrumentais não convencionais. Esta obra não discute, portanto, o repertório tradicionalmente realizado em concertos. The Historical development of the double bass cobre somente o repertório orquestral e não aponta as deficiências nos procedimentos composicionais de autores significativos que supriram, e continuam suprindo, modelos deficientes na composição para o contrabaixo.

Os tratados de orquestração modernos e métodos de contrabaixo não discutem o potencial instrumental do contrabaixo com a mesma autoridade que discutem os demais instrumentos de corda. Com a exceção de estudos apresentados esporádica e limitadamente, como por exemplo, as comparações de trechos sinfônicos da seção Different strokes do periódico International society of bassists magazine, inexiste na literatura uma discussão da eficácia de trechos musicais com relação à sua propriedade, articulação, dedilhados etc. Quando são sugeridas alternativas para estes problemas, como por exemplo, as soluções de dedilhados e arcadas apresentadas na coleção Orquestral excerpts from the symphonic double bass repertoire,20 essas carecem de justificação.

Por isso, o projeto Contrabaixo para Compositores visa a criação de uma obra de referência sobre a linguagem contrabaixística no repertório sinfônico, de câmara e solístico. Espera, com isso, contribuir numa formação melhor para o futuro músico e na atualização de compositores profissionais, para que haja mais "pérolas"e menos "pepinos" na música para contrabaixo.


Bibliografia:

Além de partituras do repertório sinfônico, de câmara e solístico para contrabaixo, são ultilizados nessa pesquisa os seguintes materiais:

APPLEBAUM, Samuel et al., eds. The Way they play. Neptune City, New Jersey: Paganiniana Publications, 1972-.
BERLIOZ, Hector. Grand traité d'instrumentation et d'orchestration modernes, nouvelle edition. Paris: Henri Lemoine, 1855.
BILLÉ, Isaia. Gli strumenti ad arco. Roma: Ausonia, 1928.
_____. Nuovo metodo per contrabbasso, 7 vols. Milão: Ricordi, 1919-1922.
BOTTESINI, Giovanni. Yorke complete Bottesini for double bass and piano, ed. por Rodney Slatford, 3 vols. Londres: Yorke edition, 1974-1978.
BORÉM DE OLIVEIRA, Fausto. Henrique Oswald's Sonata op. 21: A Transcription and edition for double bass and piano, diss. Doctor of Musical Arts. Athens, USA: University of Georgia,1993.
______. Improvisatory Styles in the Music of Bach. International society of bassists magazine, Dallas, USA, 1992, vol.16, n. 2, p. 54-62.
BRUN, Paul. Histoire des contrebasses a cordes, prefácio de Jean-Marc Rollez. Paris: La Flute de Pan, 1982.
BURGHAUSEN, Ingo. Serge Koussevitsky, An [sic] Historical portrait for the occasion of the fortieth anniversary of his death. International society of bassists magazine, 1992, vol.18, n.2, p. 14-25.
COBBETT, W. Walter, ed. Cobbett's cyclopedic survey of chamber music, 2. ed., com suplemento de Colin Mason. Oxford: Oxford University Press, 1963.
COHEN, Irwing Hersch. The Historical development of the double bass, diss. Ph.D. New York: University of New York, 1967.
ELGAR, Raymond. Introduction to the double bass. Sussex, Inglaterra: publicado pelo autor, 1960.
______. More about the double bass. Sussex, Inglaterra: publicado pelo autor,1963.
GRODNER, Murray. Comprehensive catalogue of available literature for the double bass, 2. ed. Bloomington, Indiana: Lemur Musical Research, 1964.
HOPKINS, Antony. Beethoven and his nine symphonies, 3. ed. Londres: Heinemann, 1981.
KOECHLIN, Charles. Traité de l'orquestration. Paris: Max Eschig, 1954.
MEIER, Adolf. Konzertante musik für kontrabass in der wiener klassik, Schriften zu Musik, vol.4. Mainz: 1969.
NEUBERT, Bernard David. Contemporary unaccompanied double bass works: An Analysis of style, performing techniques and notational practices, diss. Doctor of Musical Arts. Austin: University of Texas, 1982.
MOZART, Leopold. Gründliche violinschule. Ausburg: Johannn Jakob Lotter und Sohn, 1787; edição facsímile, Leipzig: Breitkopf und Härtel, 1956.
QUANTZ, Johann Joachim. Versuch einer anweisung die flöte traversiere zu spielen. Breslau: Johann Friedrich Korn dem altern, 1789.
PRAETORIUS, Michael. De Organographia. vol.II de Syntagma musicum. 3 vols. Wolfenbüttel: Elias Holwein, 1619. Reedição em facsímile, Kassel: Bärenreiter, 1958.
READ, Gardner. Thesaurus of orchestral devices. New York: Pitman: 1953.
SIMANDL, Franz. New method for the double bass, 2 vols. New York: Carl Fischer, Inc., 1904.
STILLER, Andrew. Handbook of instrumentation. Ilustrado por James Stamos. Berkeley: University of California Press, 1985.
STRAUSS, Richard. Instrumentationslehre von Hector Berlioz. Leipzig: C. F. Peters, 1905.
TURETZKY, Bertram. The Contemporary contrabass, 2. ed., New Instrumentation Series, ed. por Bertram turetzky e Barney Childs. Berkeley: University of California Press, 1989.
ZIMMERMAN, Frederick. Orchestral excerpts from the symphonic double bass repertoire. New York: International Music Editions, 1964.


1 - Os termos "pérolas" e "pepinos" têm aqui o significado de passagens musicais que são modelos exemplares positivos e negativos, respectivamente, da técnica composicional.volta

2 - EQUIPE EXECUTORA DO PROJETO: Fausto Borém, Coordenador; Oiliam Lanna; Antônio Celso Ribeiro; Valdir Claudino; Claúdio Mappa Reis; José Morais de Oliveira Jr. volta

3 - Até a instituição do Doctor of Musical Arts (DMA) em 1958, os "perfórmeres musicais" (instrumentistas, cantores e maestros) que buscavam um grau equivalente ao PhD em geral, tinham que se acomodar em programas que ofereciam o Doctor of Education. volta

4 - Os anglicismos perfórmance e performer são aqui empregados porque, diferentemente dos termos interpretação e intérprete, incluem a criação musical no seu sentido mais amplo. volta

5 - As composições para saxofone e para o Grupo de Música Contemporânea da UFMG são coordenadas pelo Prof. Oiliam Lanna, e as composições para fagote são coordenadas pelo Prof. Carlos Kater. volta

6 - As pesquisas em performance do contrabaixo no Brasil compreendem, além do presente projeto, a minha tese de doutorado Henrique Oswald’s Sonata Op.21: A Transcription and edition for double bass and piano, a tese de mestrado de Ricardo Medeiros sobre a notação contemporânea para o contrabaixo, a pesquisa de mestrado do Prof. Henrique Autran Dourado na área de pedagogia do contrabaixo na USP, a pesquisa de mestrado do Prof. Antônio Arzolla sobre o Concerto para Contrabaixo (1990) de Ernst Mahle (1929-) na UFRJ e a elaboração de um catálogo comentado do repertório brasileiro para contrabaixo solo e camerístico por Sônia Ray, atualmente cursando o mestrado na The University of Iowa, USA.. volta

7 - COHEN, Irving H. The Historical development of the double bass. Tese de Ph.D. New York University, 1967. p.62-63. volta

8 - BORÉM DE OLIVEIRA, Fausto. Henrique Oswald's Sonata op. 21: A Transcription and edition for double bass and piano, diss. Doctor of Musical Arts. Athens, USA: University of Georgia, 1993. p.38-39volta.

9 - PRAETORIUS, Michael. De Organographia. vol.2 de Syntagma musicum. 3 vols. Wolfenbüttel: Elias Holwein, 1619. Reedição em facsímile, Kassel: Bärenreiter, 1958. volta

10 - ELGAR, Raymond. Introduction to the double bass. Sussex, Inglaterra: publicado pelo autor, 1960. p.218. volta

11 - COHEN, Irving H. The Historical development of the double bass. Tese de Ph.D. New York University, 1967. p.13. volta

12 - Entre os compositores do período clássico que escreveram concertos ou partes concertantes para violone solo estão W. A. Mozart (1756-1791), Johann Franz Haydn (1732-1809), Michael Haydn (1737-1806), C. von Dittersdorf (1739-1799), J. M. Sperger (1750-1812), e J. B. Vanhal (1739-1813). volta

13 - QUANTZ, Joahnn Joachim. Versuch einer Anweisung die Flöte traversiere zu spielen. Breslau: Johann Friedrich Korn dem altern, 1789. volta

14 - MOZART, Leopold. Gründliche violinschule. Ausburg: Johannn Jakob Lotter und Sohn, 1787; edição facsímile, Leipzig: Breitkopf und Härtel, 1956.volta

15 - BERLIOZ, Hector. Grand traité d'instrumentation e d'orchestration moderne, nouvelle edition. Paris: Henri Lemoine, 1855.volta

16 - STRAUSS, Richard. Instrumentationslehre von Hector Berlioz. Leipzig: C. F. Peters, 1905.volta

17 - As primeiras escolas a sistematizar o ensino de contrabaixo foram estabelecidas em Praga por Wenzel Hause (1764-1845), em Viena por Anton Sláma (1804-1865) e Franz Simandl (1840-1912), e em Leipzig por Emanuel Storch (1840-1877).volta

18 - Berlioz usou, pela primeira vez na história da música, divisi e soli para o naipe de contrabaixos na Sinfonia fantástica independentemente do naipe de violoncelos, e justifica este procedimento no seu Grand traité d'instrumentation et d'orchestration modernes. Paris: Henri Lemoine, 1955.volta

19 - TURETZKY, Bertram. The Contemporary contrabass, The New Instrumentation Series, 2a. ed. Berkeley: University of California Press, 1989. p. x. Turetzky descreve o período de descoberta do contrabaixo como instrumento solista nos EUA: ". . . concertizing. . . in the 1950's was almost impossible mainly because of the lack of literature available. . . This period ended in 1959 when I began to write to composers. . . which more than tripled the original literature I knew. . ." [dar concertos de contrabaixo. . . nos anos 50 era quase impossível principalmente devida à falta de literatura disponível. . . Este período terminou em 1959 quando comecei a me corresponder com compositores. . . o que mais do que triplicou a literatura original que eu conhecia. . ." volta

20 - ZIMMERMAN, Frederick, ed. Orquestral excerpts from the symphonic double bass repertoire, 7 vols. New York: International, 1964.volta

 

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